segunda-feira, 4 de maio de 2009

CD ILARIÔ: uma década de sucesso


O CD do Ilariô de Pirambu premia o grupo, valoriza a cultura popular e destaca uma forma tipicamente sergipana
Por Claudomir Tavares * | claudomir@infonet.com.br

Em 1998 a secretaria de estado da Educação fez um amplo levantamento das manifestações culturais em Sergipe para identificar aquelas mais representativas em cada uma das microrregiões, chegando-se a algumas conclusões.

O Ilariô de Pirambu, um grupo de roda, típica da região do vale do Japaratuba foi escolhido para compor a coleção de CD’s SEED, da qual integrou o Reisado de Dona Lalinha, Chegança e Zabumba, Quadrilha Junina Asa Branca, entre outras representações do rico e diversificado repertório folclore sergipano.

Imortalizado através da música

O CD Ilariô – Grupo Folclórico de Pirambu recebeu a numeração SEED 05, e representou uma premiação ao grupo, valorizando a cultura popular e destacando uma forma tipicamente sergipana. Com a gravação do seu primeiro CD, o Ilariô estava definitivamente imortalizado através de sua música.

O Ilariô segundo Luiz Antônio Barreto

Segundo o jornalista, historiador e pesquisador sergipano Luiz Antônio Barreto, em 1998 secretário de estado da educação, do desporto e lazer, o Ilariô de Pirambu é um grupo de roda, típica da região do vale do Japaratuba, onde a dança de coco é conhecida pela performance dos Bacamarteiros, do Samba de Aboio, ambos do povoado Aguada, em Carmópolis. O que chama atenção no Ilariô é a cadência e o entrosamento entre os cantores e o ritmo, a partir da puxadora de versos, num suceder contínuo de quadras. O Ilariô não faz como nos Bacamarteiros, o reforço do refrão. O grupo canta as quadras, repetindo-as três a quatro vezes.

A voz que guia o coro canta os primeiros versos, seguindo-se os demais versos, fechando a quadra. Terminada a exibição têm-se uma boa amostragem da quadra popular sergipana, tradicional nas festas juninas, ritmadas nas batucadas, de Estância, nos Batalhões de Riachuelo, nos Samba de Côco, de Nossa Senhora do Socorro, e em diversas outras manifestações”, descreve o historiador.

Folclore debutante em Sergipe

Passada uma década de lançamento, quando a coleção chegou a todas as mais de 400 escolas da rede estaduais, todas as secretarias municipais de educação, órgãos ligados, vinculados a cultura popular sergipana, instituições de ensino superior e mais algumas centenas de instituições públicas, organizações não governamentais, contemplando o universo cultural sergipano. Da mesma forma, integra o acervo das secretarias de estado da Educação, da Cultura dos demais estados e os ministérios da Educação e Cultura.

O Ilariô de Pirambu

Em 1994, um grupo de senhores e senhoras, jovens e crianças decidem reconstruir uma das tradições mais autênticas do nosso povo: nascia o Grupo Folclórico Ilariô de Pirambu, um grupo de roda, típica da região do Vale do Japaratuba. O Ilariô foi criado em 26 de agosto daquele ano, sendo José Alexandre Santos (Zé Alexandre), José Beato dos Santos (o saudoso Seu Zezinho), Maria dos Santos Sales (Dona Nazilde), Francisdo Dias da Cruz (Kinho), Zélia dos Santos, João Vieira Nunes (o saudoso João Cacetão), Amélia Alves da Cruz, Moacir dos Santos, José Washington dos Santos (o saudoso Laranja), dentre outros, seus precursores. O grupo é composto atualmente por 36 integrantes, entre homens, mulheres e crianças que dançam em vários rincões durante todo o ano.

Uma nova edição

O CD do Ilariô é composto por 55 músicas reunidas em faixa contínua. É uma espécie de pot-pourri, não sendo possível ouvir uma música localizando-a, tem que ouvir a faixa completa cuja duração é de 32’42” (32 minutos e 42 segundos). Em 2003 o Departamento de Cultura de Pirambu viabilizou uma segunda tiragem do CD, sendo exaustivamente distribuída entre os membros do grupo e entre as instituições promotoras de eventos onde o grupo se apresentava. Este ano, a Tribuna da Praia, uma das parceiras do Ilariô de Pirambu está viabilizando uma nova tiragem do CD, só que separando as músicas por faixas. Serão reduzidas de 55 para 15, selecionando aquelas mais representativas e mais executadas nas apresentações do grupo. Para os 15 anos do grupo está previsto a edição de um novo CD, desta vez só com músicas inéditas. Aguardam-se parcerias para a concretização do projeto.

Vídeo

Na reunião que o grupo realiza neste domingo, 10 de maio, os integrantes do Ilariô de Pirambu irão assistir ao primeiro vídeo comemorativo pela passagem dos 15 anos do grupo. O vídeo tem aproximadamente 5 minutos (4’54”) e estará disponível a partir da próxima segunda-feira, 11 de maio, para escolas, órgãos culturais e agentes culturais de Pirambu e de Sergipe.
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* Claudomir Tavares (40) é professor de História e Sociedade & Cultura da rede municipal em Pirambu, pesquisador da cultura popular e vice-presidente do Ilariô de Pirambu

sábado, 2 de maio de 2009

ILARIÔ, IPHAN e a Divina Renda Irlandesa

Grupo Folclórico fez a apresentação cultural de encerramento do 1º Seminário de Discussão para a Salvaguarda da Renda Irlandesa de Divina Pastora
Por Claudomir Tavares * | claudomir@infonet.com.br

Ilariô de Pirambu, Iphan e Renda Irlandesa. Que ralação você estabelece entre este grupo folclórico sergipano, órgão do governo federal e este artesanato que é patrimônio do povo brasileiro? É o que vamos descrever neste artigo.

Promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão do Ministério da Cultura, tendo como parceiros o SEBRAE e as prefeituras de Laranjeiras e Divina Pastora, foi realizado nos dias 28 e 29 de abril de 2009, no Auditório do SENAC, na Avenida Ivo do Prado, 564, o ‘Divina Renda: I Seminário de Discussão para a Salvaguarda’ da renda irlandesa da cidade de Divina Pastora, hoje patrimônio cultural do Brasil.

O evento constou de Mesas Redondas (1 – Salvaguarda do Patrimônio Cultural e Desenvolvimento Sustentável, 2 – Patrimônio Imaterial e Economia Criativa e 3 – Patrimônio Cultural, Turismo e Novos Modelos Cristão). Entre os debatedores, as rendeiras dona Lourdes, Rute e Givanildes, Tereza Maria Paiva (IPHAN), Beatriz Góis Dantas, Aglaé Fontes de Alencar, Maria Alice Calliari (INPI), Ricardo Lima (IPHAN/CNFCP), Maria do Carmo de Araújo Góes (Artesanato Solidário) e Elizabete Raimundo dos Santos (Asderen).

Considerado um dos mais representativos exemplares do rico e diversificado folclore sergipano, o Ilariô de Pirambu foi especialmente contratado para encerrar com chave de ouro este evento cuja dimensão e importância pode ser medida pela representatividade no evento, onde estavam presentes os maiores estudiosos e pesquisadores da educação patrimonial em Sergipe.

A apresentação do Ilariô de Pirambu, que em 2009 estará comemorando 15 anos de folclore e cultura popular em Sergipe, teve início por volta das 13 horas, atraindo a atenção dos presentes, encantados com cantigas e cirandas e embalou os participantes com seu ritmo forte e dançante.

Durante a apresentação, foi distribuído um folder onde o grupo Ilariô de Pirambu registra as comemorações pelos seus 15 anos, a dinâmica do grupo, as apresentações e divulgou seu endereço na internet, além da composição de sua direção e um clipping com notícias publicadas na imprensa. “Já conheço a História do grupo e seu repertório musical, tendo inclusive um exemplar do CD do grupo”, testemunhou a professora do Departamento de História da UFS Terezinha Alves de Oliva, presidente do Museu do Homem Sergipano (MUHSE).

Diversas personalidades compareceram ao ato de encerramento do seminário, entre elas a professora Eliane Maria Silveira Fonseca Carvalho, superintendente do IPHAN/SE e o professor Luiz Alberto dos Santos, secretário de estado da Cultura, que na oportunidade representou o governador Marcelo Déda Chagas.

XXV Encontro Cultural de Propriá – Remanejado de janeiro para setembro, o 25º Encontro Cultural de Propriá recebe pela segunda vez o Ilariô de Pirambu. A presença do grupo, intermediada pela Tribuna da Praia, parceira do grupo desde 2003, já foi confirmada pelo professor Martinho José, secretário municipal de cultura e meio ambiente da prefeitura de Propriá.

O Ilariô de Pirambu

Em 1994, um grupo de senhores e senhoras, jovens e crianças decidem reconstruir uma das tradições mais autênticas do nosso povo: nascia o Grupo Folclórico Ilariô de Pirambu, um grupo de roda, típica da região do Vale do Japaratuba. O Ilariô foi criado em 26 de agosto daquele ano, sendo José Alexandre Santos (Zé Alexandre), José Beato dos Santos (o saudoso Seu Zezinho), Maria dos Santos Sales (Dona Nazilde), Francisdo Dias da Cruz (Kinho), Zélia dos Santos, João Vieira Nunes (o saudoso João Cacetão), Amélia Alves da Cruz, Moacir dos Santos, José Washington dos Santos (o saudoso Laranja), dentre outros, seus precursores. O grupo é composto atualmente por 36 integrantes, entre homens, mulheres e crianças que dançam em vários rincões durante todo o ano.

Ilariô Mirim – A partir de um resultado das aulas de Sociedade e Cultura da Escola Municipal Mário Trindade Cruz, serão retomadas em junho as atividades do Ilariô Mirim, grupo folclórico de projeção, inspirado nos ensinamentos da mestra Nazilde. Os novos integrantes estão sendo ‘recrutados’ e em breve serão iniciados os ensaios do simpático grupo. Não será o lançamento do grupo, mas a retomada de um projeto que teve entre seus precursores as professoras Maria Solene Dantas, Maria Valdelice Biriba dos Santos, entre outras. Será fruto de uma parceria entre as aulas de Artes, Sociedade e Cultura e o Projeto ‘Ilariô vai à Escola’.

Contatos – Para contratar o Ilariô de Pirambu, basta ligar para a líder Maria dos Santos Sales (Nazilde) pelo celular (079) 9908.5869 ou para o professor Claudomir Tavares pelo celular (079) 9917.0510. A página do grupo na internet pode ser acessada através do endereço: http://ilariodepitambu.blogspot.com e e-mail’s para claudomir@infonet.com.br
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* Claudomir Tavares da Silva (40) é professor de História e Sociedade & Cultura da rede municipal em Pirambu, pesquisador da cultura popular e vice-presidente do Ilariô de Pirambu